UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Centro de Formação Continuada – CeFoCo
GESTAR II – LINGUA PORTUGUESA
ESTADO: Espírito Santo MUNICÍPIO:Conceição do Castelo
Tutor(a): Michele de Souza
Formador(a): Ana Néri
Município(s) que atende: Conceição do Castelo e Venda Nova do Imigrante
Caderno TP: Nº (02) Unidade 5 e 6 Parcial ( X )
Final ( )
Número de Encontros: 5º Carga Horária dos Encontros: 04 horas.
Relatório Descritivo de Avaliação da Aprendizagem
No dia 30 de agosto de 2011 nos reunimos no mesmo espaço de sempre, para mais um dia de estudo do programa de formação do Gestar II – Língua Portuguesa.
No primeiro momento, como em todos os encontros, passei os informes e o primeiro da noite fora acerca do “Avançando na prática” para que sejam feitos dois por fascículo, isto é, um cada duas unidades, o que veio tranquilizar as professoras cursistas sobre maneira que devem continuar conduzindo a formação, já que as mesmas estão com dificuldades em manter o cronograma das atividades de casa acertadamente.
A seguir apresentei a pauta do dia com os assuntos a serem enfocados:
- A gramática e seus vários sentidos.
- A frase e sua organização textual.
Para iniciar o primeiro assunto foi lido o texto de uma aluna do curso de letras da UFPE onde aparece a terminologia gramatical usada com muita habilidade, criatividade e bem humorada.
Feitos os comentários sobre o texto, o que agradou a todas, dei início à discussão sobre o ensino prescritivo da gramática o que levou à discussão sobre a Avaliação de entrada do grupo controle dado como pré- requisito.
Cada professora cursista falou acerca de sua prática docente e um pouco da filosofia da escola por onde já passou ou se encontra.
Uma pequena controvérsia fora criada sobre o ler ou não ler a prova para o aluno. O que se constatou é que em algumas escolas, dependendo da sua filosofia, se exige que o professor faça uma leitura para o aluno, para que depois o mesmo faça a prova. Conversando, se chegou à conclusão que o aluno tem que ter autonomia e que deve ler ele próprio com atenção a sua avaliação e resolvê-la.
Nesta oportunidade falamos também sobre o ensino da gramática dando ênfase aos conceitos gramaticais, o que foi considerado um procedimento ultrapassado já que ela deve ser trabalhada levando em conta que a língua padrão é uma das variedades linguísticas através da qual o usuário pode se comunicar e que será a partir da variante do aluno que se fará qualquer intervenção no sentido do estudo e apropriação da variante padrão,
Em seguida apresentei um conjunto de slides com falas em relação às provas do SAEB, do PAEB a Prova Brasil.O que nos confortou muito, pois as propostas de Sistema Avaliativo Vigente do Governo deixam bem claro que devemos priorizar as habilidades de LER, OUVIR, INTERPRETAR E ESCREVER.
Sílvia socializou o Avançando na prática da unidade 4 cujo foco era a intertextualidade, Lora e eu da unidade 3: Porã e Linguagem oral respectivamente. Sílvia relatou sua condução dos trabalhos, disse ter levado os alunos à comparação de textos com outras versões de “O patinho feio”. Lora disse ter estado fiel á proposta do Avançando.
Dei continuidade aos trabalhos, iniciando com os dois níveis do ensino da gramática: O do usuário e o crítico, reflexivo, independente. E um conceito que nos pareceu bem claro foi que “ o ensino gramatical não pode ser o único fundamento das aulas” e que a língua vai muito além do que a gramática. Segundo ANTUNES, “ ela, sozinha, é incapaz de preencher as necessidades interacionais de quem fala, lê, escreve e escuta.”
Neste momento tivemos oportunidade de conhecer um vídeo de um grupo teatral de São Paulo chamado “Os Melhores do Mundo” que em suas peças fazem sátira dos erros e acertos gramaticais nas várias situações de interação do cotidiano. Esse vídeo dava ênfase aos pleonasmos do dia a dia.
Passamos para o 2º tema do encontro que era a frase e sua organização textual. Isto foi apresentado a partir de dois textos diferentes sobre um mesmo assunto “O testamento”. Observamos que tanto a pontuação, a semântica e a sintaxe interferem na interlocução. Pudemos verificar toda essa bagagem através de textos como: Avisos Paroquianos, Placas Ridículas, O Mistério da Herança, O gigolô das palavras, Intertextualidade e Gramaticalização.
Como trabalho concreto e individual foi pedido que as professoras cursistas dissertassem sobre como trabalhar a gramática em sala de aula. Tiveram 30 minutos para fazê-lo e, em seguida, cada um teve o seu tempo para ler o que escreveu.
Passamos à leitura do texto “O testamento” no qual o uso da pontuação era a questão base, lemos também a “Balada do rei das sereias”, no livro AA2 do professor, sobre o qual tecemos comentários sobre a compreensão e sobre o uso de “construções frasais do passado e em registro formal”.
Mesmo com o tempo um pouco extrapolando fizemos um estudo das atividades de apoio à Aprendizagem – “Unidade seis”- A frase e sua Organização- com o objetivo de ressaltar a entoação por meio de uma melodia intitulada “Balada do rei das sereias” de Manuel Bandeira, retirado do Livro AAA2, da página 35. Analisamos também a pontuação e o sentido das frases abaixo: João toma banho quente e sua mãe dia ele quero banho frio. A segunda frase: No porto um navio holandês entrava um navio inglês. Já a terceira; Voar da Europa à América uma andorinha só não faz verão. E por último Um fazendeiro tinha um bezerro e a mãe do fazendeiro era também o pai do bezerro. Podemos perceber que foi engraçado por nós educadores realizarmos sentido cada frase abordada anteriormente. Finalizando a Tutora preparou algumas fichas para trabalhar a entoação e o sentido da frase e que um mesmo texto pode ser pontuado de maneiras diferentes, dependendo do que se quer dizer ou sugerir:
Em que o comando foi o seguinte: Leia as frases a seguir e observe o efeito causado pela pontuação:
a) Minha vizinha costuma sair só à noite.
b) Minha vizinha costuma sair, só , à noite.
c) Minha vizinha costuma sair só, à noite.
d) Minha vizinha... costuma sair só à noite.
e) Minha vizinha costuma sair só... à noite.
f) Minha vizinha costuma sair só à noite...
g) Minha vizinha costuma sair... só à noite.
h) Minha vizinha? Costuma sair só à noite.
i) Minha vizinha costuma sair, só à noite!
j) Minha vizinha! Costuma sair só à noite.
E assim terminou mais um encontro de estudo e interação entre diversos educadores, por meio de mais um texto “O Gigolô das Palavras” de Fernando Luís Veríssimo e “O Testamento”.
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