segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Segundo Encontro - 02 de agosto de 2011.

2º Encontro

Tema:Unidade 1: As inter-relações entre língua e cultura
Relacionar língua e cultura;
Identificar os principais dialetos do português;
Identificar os principais registros do português;

Unidade 2: Variantes lingüísticas: desfazendo equívocos
Caracterizar a norma culta;
Caracterizar a linguagem literária;
Caracterizar a língua ora e a língua escrita;

PROCEDIMENTOS:
1º Momento:
Apresentação: Dinâmica – Eu sou...e minha expectativa para o curso é.
• SLIDE – Como se formam os paradigmas. (VÍDEO DOS MACACOS)
http://www.authorstream.com/Presentation/thesukh-450640-como-se-forma-um-paradigma/

2º Momento:
·         Resumo das Unidades 1 e 2 (apresentação em PowerPoint) -  UMA UNIDADE DE CADA VEZ.
·         Slides acerca de Variantes Linguísticas.
·         Relacionar língua e cultura – discussão acerca do texto apresentado na unidade/interpretação.
·         Identificar os principais dialetos do português–estudo dos slides que montei.
·         Identificar os principais registros do português – texto + discussão + slides do conteúdo.



Apresentações:
• Relato oral da realização da atividade (Avançando na prática) e entrega dos relatórios escritos.
• Avaliação da Oficina.
• Preparação do próximo encontro


LEITURA COMPARTILHADA
·         Chico Bento – o orador da turma (Quadrinhos – Turma da Mônica)
·         O vôo da Asa Branca: uma reflexão sobre a Lingüística e o Ensino de Língua.
·         Chico Bento no Shopping - YouTube

MATERIAIS PARA AS OFICINAS
aparelho de som, data-show, tela para projeção,papel.

SLIDES - POWERPOINT
Síntese dos conteúdos das unidades 1 e 2

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Esta é uma redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE, que obteve vitória em um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.


"Era a terceira vez que  aquele substantivo e aquele artigo se  encontravam no elevador. Um  substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos  pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido,  feminino,  singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado  nominal.


Era ingênua, silábica, um pouco  átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de  linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos.

O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num  lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a  se  insinuar, a perguntar, a conversar.  O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse  pequeno índice.

De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro:  ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns  sinônimos.
Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo.

Ele usou de toda a sua flexão  verbal, e entrou com ela em seu aposto.
Ligou o fonema, e ficaram  alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e  gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou  outra vez a se insinuar.

Ela foi deixando, ele foi usando seu forte  adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os  vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a se  aproximar,  ela tremendo de   vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um  período simples passaria entre os dois.

Estavam nessa ênclise quando  ela confessou que ainda era vírgula ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma  ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por  essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o  comum de dois gêneros.

Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa.   Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando  cada vez mais: ficaram uns  minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu  predicativo do objeto, ia tomando conta.
Estavam na posição de  primeira e segunda pessoas do singular, ela era um perfeito agente da  passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão  forçando aquele hífen ainda singular.
Nisso a porta abriu  repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido  tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram  gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.

Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou  melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o  seu  particípio na história.
Os dois se olharam, e viram que isso  era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se  entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal.

Que loucura, minha  gente. Aquilo não era nem  comparativo: era um superlativo  absoluto.
Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com  aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi  chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu  tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições  eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio  do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.

O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo  indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um  ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo,   jogou-o pela janela e voltou ao seu  trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa,  com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa  conclusiva."